quinta-feira, 26 de março de 2009

NÃO ACEITOU SER YES MAN DA SRA ESTUDANTE...



Como mostrou que não concordava com o rumo tomado... (se é que há algum rumo...)

Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

Álvaro Bernardes deixa AP Madeira três anos depois do arranque da parceria

Álvaro Bernardes deixou o lugar de director comercial da Associação de Promoção (AP) da Madeira. Contratado em 2005 por dois anos, viu o seu contrato renovado por mais um ano, em 2008. Este ano, a AP alegou corte de custos e não renovou o contrato. Na hora da despedida a direcção da AP destacou o trabalho que o técnico desenvolveu e a dedicação que colocou na sua prestação de serviço.

O conhecido técnico de turismo sai com a satisfação do dever cumprido, certo da utilidade daquela associação e do programa de trabalho que tem sido desenvolvido nestes últimos anos. Destaca por isso a nova imagem da Madeira, potenciada com a extrema ligação à Natureza, que Oto Oliveira, primeiro director-executivo da associação, bem soube implementar. Contudo tem alguns reparos, que diz ser sugestões de quem está há muitos anos no sector, para que se verifique uma maior harmonização no relacionamento com os grandes operadores turísticos e uma melhor presença e estímulo do destino Madeira junto do consumidor final.

Álvaro Bernardes destaca, por isso, que o modelo de promoção agora em curso merece uma reflexão de quem de direito. A AP Madeira é responsável por dezena e meia de mercados na Europa, enquanto a Direcção Regional de Turismo é responsável directa pelo mercado nacional, pelos mercados emergentes e outros mais longínquos, aos quais apenas chegamos em campanhas nacionais.

Na opinião do antigo director comercial da AP Madeira esta divisão de competências gera alguma confusão nos mercados onde os grandes operadores turísticos mundiais têm influência também, nomeadamente nos países de Leste. São obrigados a dois interlocutores no mesmo destino.

"A AP Madeira tem uma equipa pequena, é certo, mas tem trabalhado bem. As instalações são más, precisam de algum desafogo e dignidade, mas o pessoal é muito profissional. É este trabalho, juntamente com o da ANAM, nos aeroportos, que preparou a Madeira para entrar nesta situação de crise e de abrandamento das viagens a nível global, com alguma esperança de que os resultados não serão tão negativos como, antes, se poderiam prever", considera Álvaro Bernardes.

A AP Madeira teve nestes últimos meses um trabalho muito importante de relações públicas nos principais mercados europeus, duma forma particular naqueles de onde são originários os turistas que mais se alojam na Madeira. "Um excelente trabalho de marketing que mostrou a mais-valia desta parceria entre público e privado e que dá indicações de que no futuro este sistema de contratualização deverá prosseguir e intensificar-se", classifica Álvaro Bernardes.

A promoção da Madeira foi relançada, sem preocupações de resultados financeiros imediatos. São necessárias mais verbas - o eterno problema... - mas Bernardes avisa que "não podemos improvisar, nem desmobilizar na promoção, mesmo em época de retracção de mercados, porque os frutos dessa plantação colhem-se sempre depois".

Desde 1973 no turismo

Álvaro Bernardes começou a trabalhar no sector do Turismo em 1973. Entrou para a agência de viagens Star, no Funhal, logo que foi desmobilizado do serviço militar obrigatório, que cumpriu na ex-colónia de Angola. Passou depois para a agência de viagens Viva Travel (actual Intervisa) propriedade do Grupo Pestana, onde se manteve até 2005. Acumulou no último ano funções de director-geral e de administrador da empresa. Entrou na AP Madeira com um contrato de prestador de serviços, percorrendo diveras feiras e países europeus com a pasta de director comercial.

Catanho Fernandes

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