quinta-feira, 1 de julho de 2010

Deputado do PND impedido de intervir na sessão solene do Dia da Madeira


A sessão solene da Assembleia Legislativa da Madeira, comemorativa do Dia da Região, foi hoje marcada pela tentativa frustrada do deputado do PND, José Manuel Coelho, de intervir “em defesa do povo esquecido da Serra de Água”, onde “não chega o dinheiro que tem vindo do continente” para a reconstrução.

Com a devida vénia ao Público

Na celebração que teve lugar nesta freguesia, a mais atingida pelo temporal de 20 de Fevereiro, foi cumprido um minuto de silêncio, em memória das vítimas do temporal.

Apesar do presidente da assembleia regional, Miguel Mendonça, ter ordenado aos funcionários que retirassem da sala o representante do PND – dizendo que “não se dá ao respeito e não respeita quem o elegeu”, “está a fazer arruaça” e “é indigno da sua condição de deputado” - Coelho [que antes protagonizara o episódio da bandeira nazi] permaneceu junto da tribuna até ao final da sessão.

Com a alteração do regimento efectuada há quatro anos, os representantes dos partidos da oposição deixaram de usar da palavra neste plenário, no qual deixaram desde então de participar, em protesto a que não aderiu o CDS/PP. Este ano, o PS voltou a estar presente, justificando a presença pela “mudança de estratégia” da direcção de Jacinto Serrão e por ser um acto institucional de evocação da tragédia.

Na intervenção com que encerrou a sessão, Miguel Mendonça relevou a “solidariedade globalizada” com os madeirenses atingidos pela intempérie. Defendeu uma nova revisão da Constituição que “está desactualizada e não responde aos desafios do futuro” por estar “eivada de conceitos ideológicos ultrapassados”.

O presidente do parlamento reivindicou ainda o reforço dos poderes legislativos da região, sublinhando não querer “nada que seja da soberania nacional”, mas não abdicar de “ tudo o que é verdadeiramente pertença da autonomia regional”.

Esta tarde, em cerimónia a realizar no salão nobre do governo regional, decorrerá a imposição de insígnias honoríficas madeirenses, presidida por Alberto João Jardim. Serão agraciados sete personalidades, entre as quais Zeinal Bava, presidente da Portugal Telecom, Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins, Horácio Roque, presidente do Banif, (a título póstumo) e Rui Rebelo, administrador da Empresa de Electricidade, que recebem o “cordão autonómico de bons serviços pela relevante actividade exercida” na Madeira.

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