Ainda a propósito de um comentário na entrada anterior onde se acha perfeitamente normal o elevado alcoolismo registado na Madeira, um artigo recente (tem um mês) sobre o falhanço desta luta na Madeira (apresentada com grande pompa e circunstância em 2004):
Plano para a droga e álcool sem resultados
Alguns excertos:
Suspenso. Será esta a palavra que melhor descreve o estado da Região no campo das toxicodepêndencias. Os resultados das políticas governamentais tardam em aparecer, as críticas abundam entre os técnicos no terreno, onde também não faltam indícios das falhas no sistema.
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No caso da Comissão Regional Antialcoólica (CRAA), criada em 2004 e composta por uma série de entidades, o 'timing' peca por tardio e a necessidade de diálogo é tida como urgente pelas mais variadas facções, desde associativistas a técnicos no terreno.
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A quantificação dos fenómenos do alcoolismo e da toxicodependência sempre foi um processo polémico na Região. Quando em 2004 o antigo director da Casa São João Deus, Aires Gameiro, deu a conhecer um estudo que apontava para a existência de 35 mil alcoólicos na Madeira, as críticas não foram brandas.
Recentemente, uma investigação do Instituto Nacional da Droga e da Toxicodependência revelou um aumento do consumo de 'shots' e de cerveja entre os jovens madeirenses, no período entre 2001 e 2006. Os dados mais actualizados só devem ser conhecidos no próximo ano e apontam, segundo o psicólogo Emanuel Alves, para a existência de 20 mil alcoólicos na Madeira.
NADA DE PREOCUPANTE, POIS NÃO SR. NÁZARO NUNES?
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
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5 comentários:
pior do que um filho... talvez só a puta. mas pior do que a puta talvez seja apenas e só um ex-filho da puta?
O quê? Não me digas que para além de bébado, também és isso tudo?
Porque o Cagarra/João CarValho Fernandes não dever ter percebido ainda o que pretendia o comentador anónimo (gostava era de os e as ver dizer na minha cara o que aqui escrevem sob anonimato mas já se sabe como é esta escumalha) até porque o Garajau não tem edição online coloco aqui o que escrevi e que assinei com o meu nome e tudo se percebe:
PIOR DO QUE UM PADRE, SÓ UM EX-PADRE E JORNALISTA
Qualquer pessoa sabe que os padres são uns sabidos, mais manhosos do que o próprio Diabo, nunca estão satisfeitos e costumam sempre fazer merda. Há mesmo um provérbio que atesta isso: Padres, pombos e primos, onde entram sujam tudo. Mas ainda pior do que um padre, só mesmo um ex-padre. Então, quando lhes dá para apregoarem a moral que não têm fazendo uso da clássica hipocrisia reconhecida a muitos padres e à própria Igreja, nem se fala.
Mas ainda muito pior do que um ex-padre, só mesmo um ex-padre transformado por obra e graça do divino Espírito Santo em jornalista, sobretudo se o jornalismo praticado obedecer a obscuros interesses mais parecendo obra de um qualquer comissário político daqueles que na URSS eram colocados à frente de tudo e qualquer coisa sem perceberem nada da poda mas cuja missão cumpria o que o regime exigia, que era basicamente chibar o próximo (não confundir com amar o próximo como se fosse nosso irmão).
O Padre António Vieira, este sim, um homem com o dito “H” maiúsculo, afirmou uma vez aos seus confrades o seguinte: «Sabeis, vós, Padres por que razão os nossos sermões não tocam nos corações das pessoas? Porque não pregamos para os olhos, apenas para os ouvidos».
A ambição desmesurada de alguns destes padrecos leva-os à cegueira total. Pelo caminho no que pensam ser a ascensão (material) prestam-se a todo o tipo de serviços e tecem todo o tipo de alianças, não sendo mais do que homens sem alma que se sujeitam ao ridículo e vão falando e falando (escrevendo e escrevendo), criando ruído e mais ruído, esquecendo-se do principal que temos na vida. A dignidade. Aquela força interior que faz com que sejamos capazes de não renegar os nossos princípios e mesmo na pior das situações sermos capazes de mostrar que o barro pode ser tão forte quanto o aço.
Na obra “Se isto é um homem”, Primo Levi, sobrevivente a Auschwitz, conta o episódio do judeu sefardita que no meio de toda aquela miséria humana perdia tempo e o pouco que lhe restava das forças a limpar os sapatos e a atá-los. Por isso perguntou-lhe porquê, quando deveria se preocupar com a próxima refeição e com a morte que descia a cada segundo. A resposta foi clara e devia servir como exemplo para o jornalista ex-padre pensar um pouco, se for capaz disso. Por dignidade.
EMANUEL BENTO
PS: E de vez em quando e só porque parece que a malta precisa disso como quem respira talvez venha cá depositar um ou outro comentário até porque assim se contribui para que os posts do Cagarra/João Carvalho Fernandes sejam lido, afinal o que importa é a mensagem...
Mas alguém disse que não havia alcoolismo na Madeira? Só contestei a imagem utilizada no post anterior para retratar "a miséria" na Região!
Porém, aproveitando a deixa, considero que o alcoolismo cá não é nada quando comparado com a toxicodependência. Onde moro o flagelo da toxicodependência habita casa sim casa não (felizmente nunca entrou na minha)...
A toxicodependência também é um grave flagelo. Talvez tenha mais "protagonismo" por ter consequências a mais curto prazo e mais evidentes, mas o alcoolismo "ataca" um número bem superior de pessoas. No entanto segundo o estudo que está a ser realizado, os que estão "agarrados" a estes 2 problemas são cerca de 22.000 pessoas, o que diz bem da gravidade destes males na Madeira!
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