Quem tem dinheiro no bolso e fuma charutos cubanos, arrota postas de bacalhau e pode dizer que "ter seguro é um acto de civismo".
Mas quem vai sobrevivendo (mal),quase sem dinheiro para comer, tem de fazer opções e não faz seguros, rezando para que nada aconteça!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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2 comentários:
"ter seguro é um acto de civismo", que o digam os administradores e accionistas das seguradoras!
Sabe-se que a direcção do Marítimo, fazendo a gestão do presente (e hipotecando o futuro) estará prestes a adjudicar a obra dos Barreiros ao projecto alternativo que apresenta custos por metro quadrado 50% superiores às das restantes propostas.
O Governo Regional terá feito o devido, havendo informações que definiu o apoio a conceder, limitando-o ao valor da componente desportiva. E dando liberdade ao Clube para decidir conforme achar por bem, podendo ir além da componente desportiva, agora que está esclarecido que as condicionantes de uso desportivo impostas na cedência do antigo campo do Nacional apenas se aplicavam a menos de metade do terreno actual.
Os problemas e contras daquela opção são grandes, mas tudo parece estar direccionado para ali:
Esse projecto alternativo apenas constrói (cara) a parte desportiva e impede qualquer possibilidade futura de viabilização da estrutura através da inclusão de espaços comerciais. Típico de gestores de hoje que apontam apenas para a inauguração e não para um futuro sustentado.
O projecto alternativo valerá 20 (600 Euros/m2 x área a construir) mas custará 31,5 (valor proposto).
O projecto base (uma das suas possíveis variantes) custaria os mesmos 31,5 e asseguraria a mesmíssima componente desportiva, mas incluiria áreas vazias e em tosco, disponíveis para futuros usos e investimentos comerciais. Não é preciso agora mais dinheiro. No futuro, quando fosse oportuno e possível, esses processos seriam desencadeados. Uma opção para gestores com visão. Não serão os actuais dirigentes do Marítimo.
O projecto alternativo é … alternativo. E não variante à proposta base que o próprio Marítimo colocou a concurso. Ora, assim será uma proposta ilegal face às condicionantes colocadas a concurso. O que motivará ou pode motivar as reclamações justas e procedentes dos restantes concorrentes.
Com o prejuízo do Marítimo e dos recursos públicos, poderá agora, acontecer o que aconteceu no Estádio da Serra: quando se cobram 31,5 por algo que vale 20, sobram 11,5. Dará para “calar” as reclamações dos concorrentes (1 a cada), para pagar as camisolas da equipa por 5 anos e sobrará para o empreiteiro, para além da margem da obra, outros 5. Depois (será mais difícil, mas, fazendo o paralelismo) teremos um novo Estádio Carlos Pereira.
Ao fim dos 5 anos, sem qualquer meio de subsistência, o Estádio mudará o seu nome para Estádio RAM e rogará por mais alguns subsídios. Pois no passado (agora) foram tomadas decisões sem visão de futuro …
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