Uma carta de um leitor do Diário de Notícias da Madeira, que rebate a peregrina ideia do presidente da Câmara da Ribeira Brava. Toda esta situação mostra bem o grau zero a que chegou a política madeirense, em que até já as tricas entre políticos do partido que governa quase toda a Madeira há mais de 30 anos são solucionadas prejudicando os munícipes.
Caro Presidente da Câmara da Ribeira Brava: Eu, como filho de uma das proprietárias da Fajã dos Padres, ao ler a notícia de 06.03.2009 neste diário, em que refere que o "ideal é expropriar a Fajã dos Padres", fiquei verdadeiramente curioso.
Por momentos pensei que iria passar alguma via rápida que descesse 340 metros pela escarpa abaixo. Como tal não é possível, então pensei que deviam ter descoberto algum minério nas terras da Fajã dos Padres ou, quem sabe, o Presidente da Câmara queria fazer algum loteamento industrial para dinamizar o tecido empresarial do seu Concelho… Mas não! O Exmo. Presidente da Câmara da Ribeira Brava tem o "interesse público" de criar uma zona de lazer para a população!!! Ora aí está uma bela justificação para expropriar os terrenos de um privado.
Então vejamos: o objectivo seria a Câmara expropriar os terrenos da família Vilhena de Mendonça, pegar nas suas infra-estruturas e criar(?) uma zona de lazer para a população. Tendo em conta que a zona de lazer já existe, então seria necessário que alguém explorasse o restaurante, o bar, o turismo rural e a agricultura, pois que se saiba a Câmara não tem capacidades nem pessoal com essas valências. Bom, então a Câmara com toda a certeza iria abrir um concurso para que um PRIVADO pudesse explorar as infra-estruturas… Fantástico! Resumindo: a Fajã dos Padres passa de um PRIVADO para o sector público, que faz uma zona de lazer que JÁ EXISTE e que depois dá a exploração a um… PRIVADO.
Mais populista que isto é impossível. Já agora, as restantes Câmaras podem aproveitar a onda e desatar a expropriar todas as infra-estruturas privadas que possam "servir" a população. O que não falta numa ilha como a nossa são hotéis à beira-mar, casas e até outras fajãs (com sorte pode ser que a casa do Presidente da Câmara não esteja à beira-mar). Que melhor solução para sair da crise: expropriar e dar à população! O que não faltam são bons exemplos de infra-estruturas públicas à beira-mar e que são verdadeiras minas de ouro para as Câmaras!!!
Melhor sorte terá ainda a Câmara vizinha que com esta solução poderá esperar que a Marina do Lugar de Baixo seja vendida a um privado e depois expropriar com o "interesse público" de servir a população… 2 em 1.
Há gente iluminada nesta terra!!!.
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