quarta-feira, 23 de junho de 2010

Para a D. Estudante está tudo bem!

O mais preocupante é haver gente que depois da fase da negação da realidade está neste momento a dizer que o problema é devido à crise. Não é e quando esta passar, haverá uma melhoria mas que decerto não será substancial.

Há problemas estruturais - construiu-se em excesso, o betão invadiu zonas anteriormente de grande beleza e isso repercute-se nos preços a praticar; entrou-se também num círculo vicioso em que o serviço piora por não haver receitas, o que leva a nova quebra de receitas e a ainda pior serviço; gastaram-se milhões em elefantes brancos sem qualquer rentabilidade (a maioria nem cobrem os custo de funcionamento) como Madeira Story Center, Parque Temático de Santana ou Aquário de Porto Moniz, entre muitos outros; continua-se a insistir sistematicamente nos mesmo erros - o projecto megalómano do teleférico do Rabaçal continua de pé....



Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira

Ocupação hoteleira preocupa AP Madeira

Catanho Fernandes

A baixa ocupação dos hotéis da Madeira e a necessidade de ser apurado o retorno das investimentos efectuados em promoção foram dois pontos em destaque na última reunião do Conselho Consultivo da Associação de Promoção (AP) da Madeira, realizado anteontem no Funchal.

O Conselho Consultivo apreciou a situação actual do turismo na Madeira, tendo se debruçado sobre os últimos indicadores, correspondentes ao primeiro quadrimestre deste ano. Fazendo a comparação com igual período do ano passado verificou-se uma baixa de 12,9% na entrada de hóspedes (menos 43 mil) e de 14,6% no número de dormidas (menos 248 mil camas hoteleiras ocupadas). Verificou-se também uma queda no rendimento por quarto disponível, que baixou 16% e situou-se nos primeiros quatro meses em 24,89 euros, e uma baixa ainda na taxa de ocupação que foi de 42,8% de Janeiro a Abril de 2010.

A tendência de Maio, embora não existam ainda estatísticas disponíveis, é semelhante, pois a queda de tráfego no Aeroporto da Madeira aponta uma queda de 10% no número de passageiros movimentados.

Da discussão estabelecida entre os conselheiros chegou-se à conclusão de que, não obstante, sejam conhecidas as causas da queda do turismo, que é global, agravada na Madeira pelas enxurradas de 20 de Fevereiro, a baixa do negócio na hotelaria resulta também de "causas estruturais endógenas, que urge ultrapassar".

O segundo ponto em análise foi suscitado pelas conclusões da IV Conferência Anual do Turismo, organizada pela Ordem dos Economistas. O documento foi analisado com muito interesse, face às questões pertinentes aí referidas, nomeadamente a questão da distribuição, gestão do preço e promoção. Perante a escassez de meios financeiros, os conselheiros sugerem que terá de ser feita uma opção pela focalização das acções e, de igual modo, pela segmentação das mesmas.

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