Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira (artigo de opinião)
A SIC deu a primeira picadela do ano, ao fazer a resenha dos "réveillons"
Todos os anos, na última noite de Dezembro, naqueles derradeiros e mágicos momentos que antecedem a meia-noite, parece que o tempo fica suspenso, que os problemas desaparecem e as dificuldades se desvanecem…O ano que está a terminar desfila-nos em sinopse pela memória, e naqueles instantes, acreditamos que o dia seguinte será melhor… Depois vem o fogo-de-artifício encantar-nos a vista e aquecer-nos a alma: algumas horas mais tarde, a magia termina e verificamos que tudo continua igual… Há todas aquelas coisas más que nos continuam a assolar o quotidiano e que todos tememos - crise, falências, despedimentos - e depois há aquelas pequeninas pedras no sapato, que podíamos e devíamos ignorar, mas que acabam por incomodar ao ponto de lhes darmos atenção. São como uma picada de mosquito, nada de grave mas vamos coçando, coçando, e quando damos por isso já fez ferida!
A SIC deu a primeira picadela do ano, ao fazer a habitual resenha dos principais "réveillons" do País e do Mundo. No meio de imagens muito belas e de outras perfeitamente banais, de eventos grandiosos e de irrelevâncias de província, concluiu-se que o Fim-de-Ano da Madeira foi o único que custou dinheiro, vincando-se o dispêndio astronómico em tempos de crise… Este é o tipo de tratamento jornalístico que não surpreenderia na TVI, cuspido por uma Moura Guedes ou comentado por um Sousa Tavares - mas não, nem foi a "Boca Grande" nem o "Beiça Torta", foi a SIC, e isso incomoda e lá vamos coçando.
E depois há o Gonçalves Luís, esse espécime raro de insecto, cruzamento de mosquito, varejeira e escaravelho da bosta. Este suposto barreirense, lídimo representante da "cintura industrial" da metrópole, sai do seu esconderijo duas vezes por ano, defeca algumas considerações avulsas, e volta a hibernar, deixando muitos madeirenses a coçar-se de raiva e indignação. A sua primeira aparição conhecida foi há pouco mais de um ano, no último dia de 2007, picou novamente a 05/01/2008, voltando a manifestar-se por duas vezes em Maio de 2008. Após mais uma pausa prolongada, voltou à liça neste início de 2009, e a luta continua… Mas ao analisar os seus escritos de forma atenta, conclui-se que este personagem não existe, que só pode ser um pseudónimo, uma farsa bem montada para provocar os madeirenses: ninguém consegue ser tão obtuso, ignorante, acéfalo, inane e imbecil! Só mesmo um madeirense saberia tocar com tanta acutilância nos temas que nos irritam e revoltam. Por isso, endereço os meus sinceros parabéns ao nosso maquiavélico e ainda anónimo conterrâneo, que se esconde sob esse patético e invertido alter-ego. Já conseguiu que o próprio "governador" Alberto João lhe respondesse, mas não deixe que essa coroa de glória lhe feneça o ânimo. Continue a deliciar-nos com essas gloriosas missivas tão assanhadamente "cubanas" e antimadeirenses. Espero que continue a haver distraídos a sentir comichão e a responder… vai dar um livro fantástico.
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