sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

CREDORES APRESENTAM PLANO para CONCLUIR O PROJECTO DO PORTO SANTO

Não saía mais barato ao contribuinte dinamitarem a porcaria daqueles caixotes que lá estão e pagar um subsídio vitalício a todos os habitantes de Porto Santo?

Para quê criar mais um elefante branco à conta dos contribuintes?

Aquele empreendimento com a actual configuração nunca vai ser rentável! Duvido que alguma vez venha a cobrir sequer as despesas de funcionamento...

E é muito interessante que os mesmos que criticam o Governo central por ter gasto dinheiro dos contribuintes no BPN venham agora defender esta solução...

Com a devida vénia ao DN Madeira:

Credores pedem auditoria ao Colombo's Resort



O impasse em volta do Colombo's Resorts pode ter solução. Porque o Governo da República, os principais credores e a Câmara Municipal do Porto Santo estão em sintonia para que o projecto da Sociedade Imobiliária e Turística do Campo de Baixo seja concluído, ainda que esta seja declarada falida e sem recursos para concluir a obra.

Ontem realizou-se uma reunião em Lisboa que juntou o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, Conceição Estudante - secretária regional do Turismo e Transportes - o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo e os representantes dos três principais credores: BANIF, Millennium BCP e a construtora Casais.

De acordo com as informações que conseguimos recolher, a reunião ficou marcada por duas propostas dos credores: a realização de uma auditoria que possa apurar a real situação do projecto, que por sua vez servirá de suporte a um plano de reestruturação da sociedade e do investimento tendo em vista a sua conclusão.

O encontro ficou marcado, assim, pela entrega de um pequeno dossier que cada uma das parte deverá estudar nos próximos 30 dias e onde os bancos sugerem uma solução, que passa - tal como havíamos escrito nestas páginas - pela constituição de uma empresa-veículo em que os bancos se assumam como sócios-financiadores, mas onde os governos da República e da Madeira surgem como parceiros a partir da criação de um capital de risco.

Sem que a actuação dos sócios da Sociedade Imobiliária e Turística do Campo de Baixo - Joaquim Coimbra, Sílvio Santos e Goes Ferreira - seja suspeita, o DIÁRIO sabe que os bancos, bem como o Governo da República querem que qualquer decisão a tomar seja antecedida pela realização de uma auditoria, que deve ser feita no prazo de um mês.

Nos próximos dias está acertada uma reunião entre os bancos e os representantes da empresa promotora, onde serão pedidas explicações sobre o modo como foram aplicados os mais de 70 milhões de euros que foram emprestados, já que o construtor reclama cerca de 40 milhões de euros e existe a suspeita que parte do financiamento do Colombo's Resort viabilizou outros projectos que Sílvio Santos e Joaquim Coimbra estavam envolvidos.

Embora todos os presentes se tenham remetido ao silêncio - mesmo durante a reunião não foi claro qual a disponibilidade de cada parceiro no plano apresentado - a verdade é que terá sido dado um primeiro passo que passa pelos bancos injectarem o dinheiro necessário para concluir a obra (50 milhões de euros), surgindo os governos interlocutores da entrada de grupos privados - ou sociedades anónimas de capitais públicos - que possam viabilizar a exploração do hotel ou a comercialização da imobiliária de luxo.

Uma coisa é certa. Sílvio Santos deixa de ser o rosto do Colombo's Resort, pois os bancos vão avaliar os activos - o que está construído - e com isso executar a Sociedade Imobiliária e Turística do Campo de Baixo.

POSIÇÃO ESTRANHA

Alberto João Jardim e o seu 'vice', João Cunha e Silva, juraram que a solução do Colombo's Resort era um problema dos empresários e que o Governo Regional não se metia no assunto. Já Bernardo Trindade, o madeirense que é secretário de Estado do Turismo, é de opinião que o Estado deve ajudar, sendo mesmo o mais dinâmico parceiro na busca por uma solução. A presença de Conceição Estudante na reunião de ontem acabou por ser surpreendente, mas talvez possa indiciar que o governo percebeu que a ajuda a dar não é a Sílvio Santos, mas sim à economia do... Porto Santo.

Miguel Torres Cunha

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