É esta a Madeira Nova!
Aulas param para PSD jantar nos pavilhões
No Porto Moniz e na Ponta do Sol não houve ginástica por causa dos jantares
Já se verificou pelo menos duas vezes. Aulas que deveriam acontecer nos pavilhões desportivos não se concretizaram, pelo facto do espaço ter sido arrendado ao PSD para a realização de jantares com os militantes de cada um dos concelhos em que isso aconteceu.
O primeiro caso foi o do Porto Moniz. O Jantar dos social-democratas aconteceu no sábado, dia 17, mas na véspera isso condicionou a actividade lectiva da escola local.
O mesmo aconteceu na última semana, mas na Ponta do Sol. O jantar também foi no sábado, mas já no final de quinta-feira, o pavilhão deixou de estar disponível para as actividades habituais.
Nesse dia à noite, os clubes/escola que habitualmente usam aquele espaço tiveram de cancelar a sua actividade.
Na sexta-feira, durante todo o dia não houve aulas no local, uma vez mais, devido à montagem de toda a logística do jantar do PSD.
Os jantares em causa são sobretudo encontros que levam os principais dirigentes dos social-democratas, com destaque para Alberto João Jardim e Jaime Ramos, ao encontro dos militantes locais. São momentos em que o presidente do partido tenta marcar a agenda política, o que nem sempre tem sido conseguido.
Sem explicação do IDRAM
Durante a tarde de ontem, tentámos obter esclarecimentos do IDRAM, para o que aparenta ser uma excepção que o Instituto abre ao PSD. Mas, mesmo depois de ter colocado as questões por e-mail, não obtivemos qualquer esclarecimento de Catanho José.
No entanto, no dia 19 de Janeiro, questionado sobre quem poderia arrendar os pavilhões e em que condições, o presidente do IDRAM, entre outros esclarecimentos, respondeu o seguinte: "Excluindo o sector escolar público e o sector desportivo federado, todas as entidades que pretendam utilizar qualquer instalação desportiva da RAM e que esteja sob a tutela da Secretaria Regional de Educação e Cultura, através do IDRAM ou estabelecimentos dotados de Fundo Escolar, podem requer a sua utilização junto ao IDRAM, mediante o pagamento de uma taxa, desde que as mesmas se encontrem disponíveis.".
Nos dois casos descritos, os espaços, manifestamente, só ficaram disponíveis por ser necessário realizar o jantar do PSD. Antes disso, não estavam.
É de recordar que, em várias ocasiões, a Secretaria da Educação não autorizou a entrada de partidos/deputados da oposição em estabelecimentos de ensino, com o argumento de que a visita iria perturbar o normal funcionamento das escolas.
Nos casos descritos, as informação por nós recolhidas indiciam que esse critério/argumento não foi seguido, ou então terá havido o entendimento de que a não realização das aulas não perturba o normal funcionamento dos estabelecimentos de ensino.
Élvio Passos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário