Com a devida vénia ao IOL Diário
11-11-2007 - 13:43h
Deputado defende independência da Madeira
O deputado social-democrata à Assembleia da Madeira Gabriel Drumond defendeu hoje a independência do arquipélago se a revisão constitucional de 2009 não acolher as propostas do parlamento regional de aumentar as suas competências legislativas.
Em entrevista à TSF, que disse ser a título pessoal, Gabriel Drumond defendeu que se os poderes legislativos que a Madeira reivindica não forem satisfeitos «a solução é a Assembleia Legislativa, eleita para defender os interesses do povo da Madeira e do Porto Santo, declarar unilateralmente a independência».
«Isso, depois, é um problema da República», frisou.
«Nós não somos os parolos da aldeia como eles pensam», afirmou o deputado regional, actual presidente da FAMA - Fórum de Autonomia da Madeira e ex-presidente da Câmara Municipal de São Vicente.
Drummond referiu os passos que, em sua pinião, seriam dados se a Assembleia regional declarasse a independência da Madeira.
«O Presidente da República convoca o Conselho de Estado e dissolve a Assembleia Legislativa da Madeira por actos contrários à Constituição, vai haver eleições e o povo da Madeira, aí, vai pronunciar-se sobre o que é que quer - se quer continuar nesta linha da independência, ou se quer ficar ligado de vez a Lisboa», afirmou.
Gabriel Drumond justificou esta posição por considerar que o Governo da República, liderado por José Sócrates, «tem um ódio ao povo madeirense e atenta contra a unidade nacional e em resposta a isto tem que haver consequências».
«É um país que nos trata brutamente, rouba-nos e nos trata à sapatada», disse Drummond sobre Lisboa, referindo que o povo madeirense terá de dizer se quer seguir o seu rumo ou se prefere continuar ligado a Portugal.
Gabriel Drumond, que assegurou que vai lutar pela declaração da independência caso os interesses da Madeira não sejam acolhidos na próxima revisão constitucional, responsabilizou o primeiro-ministro José Sócrates por essa eventual declaração, mas também o Presidente da República, Cavaco Silva: «Também tem culpa disto» por não ter vetado a Lei de Finanças Regionais que «sufoca o povo da Madeira, devia ter tomado cuidado e as devidas providências».
Mas adianta que esse caminho não será pela «guerra», mas pelo «diálogo», assegurando que será um dos protagonistas desse debate.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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