sábado, 8 de novembro de 2008

ATÉ OS MAIS CALMOS JÁ COMEÇAM A PERDER A PACIÊNCIA....

É por estas e outras situações que a Assembleia Legislativa da Madeira está como está. Completamente desprestigiada. E ainda há quem diga por lá que a Oposição são todos uns malandros que não querem trabalhar. A continuarem assim, podem colocar "furões" por toda a Assembleia, que os "coelhos" vão certamente, continuar a proliferar. Até porque o tempo de gestação é de 30 a 40 dias e falta muito até o final da Legislatura.

André Escórcio

1 comentário:

Anónimo disse...

O Sr. Deputado José Manuel Coelho já fez mais pelo parlamentarismo madeirense, do que todos os demais deputados juntos, no hemiciclo da Madeira.
Já sei que esta afirmação pode parecer excessiva ou própria de um insano.
A casca do PND-Madeira enquanto doutrina conotada com a direita aburguesada, pouco importa para este fenómeno chamado José Manuel Coelho. Quantos de nós não nos lembramos da campanha exótica do Bexiga? Foi diferente o suficiente para ter representação na Assembleia Regional.
Num momento de exaltação e da birra de Jardim, que bateu com a porta ao desimportado Sócrates, (provocando a dissolução da Assembleia Regional, com a convocação de eleições antecipadas), a pequena força política do PND consegue no meio do reforço exacerbado de jardinismo, eleger um deputado. A isto, em qualquer parte do mundo chama-se eficiência. E não se pense, que foram apenas as palhaçadas do Bexiga que deram votos. Há imensos madeirenses e portossantenses, alguns deles militantes de outras forças, que revêem-se nesta pedrada-do-charco de nome PND.
Não acredito num verdadeiro projecto político do PND-Madeira. Aliás isso nem será tão pouco, ambição desta força política.
O seu verdadeiro e necessário papel, é dismitificar a fraude democrática em que se caracterizam estes anos de jardinismo na Região.
O principal órgão de governo próprio, a Assembleia é uma simples caixa de ressonância da Quinta Vigia. Não exerce as suas funções. O verdadeiro líder da Assembleia, é o perpétuo líder parlamentar do PSD-M que tem refém todo o partido, incluindo o já desautorizado líder da comissão política, Alberto João Jardim.
O abuso de poder executado ao longo de sucessivos anos, alegadamente mandatado pelo Povo, fez de todos os órgãos de poder pequenos quintais de vedetas transvertidas, sobretudo a nível autárquico.
A República e demais instrumentos constitucionais (mais ou menos pressionadamente negociados), permitiram chegar-se a este estádio de imaturidade democrática regional, verdadeiramente surrealista.
É por esta vergonha que é necessário "ser-se diferente", dando um murro na mesa.
O PND-Madeira assumiu pelos vistos essa missão. E gradualmente está a somar pontos retirando simpatias à direita e à esquerda, o que equivale dizer, está a chamar a si, aquilo que mais nenhuma oposição faz, que é desmarcarar a maioria inerte que custa milhões ao bolso dos madeirenses.
No início da capitulação desta farsa laranja, protagonizada pelo Sr. Coelho com o adereço suástico, cedo choveram opiniões tóxicas ou intoxicadas de que o homem fez uma invocação ao fascismo-nazi. Essa espectacularidade foi para denunciar o estilo (nazi) da maioria parlamentar, e sobretudo do seu líder Jaime Ramos.
Vimos bem no dia seguinte ao protesto do PND, quem teve reacções fascistas, ao fazer tábua rasa da lei e da mais básica observação constitucional.
Se estivéssemos num qualquer laboratório com método científico, analisando aqueles dois dias de parlamento da semana passada, certo chegaríamos à conclusão que o fascismo existe, mesmo sem símbologia suástica, no comportamento anti-democrático da maioria PSD e do Presidente da Assembleia.
Cortar o acesso à Assembleia de um qualquer deputado, para além de violar regras básicas, é também impedir que uma franja da população se reveja no mandato do PND. Num parlamento minimanente normal, todos os deputados valem o mesmo e têm a mesma legitimadade de lá estarem representando os seus eleitores. E só emprego o advérbio "minimamente", porque todos sabemos que não poderemos esperar mais deste parlamento, pois ele simplesmente não fiscaliza o Governo. Pelo contrário fiscaliza a oposição e os negócios públicos com que muitas das novas fortunas da Madeira, lá tiveram o embrião e lá continuam. É claro que tal afirmação não cabe a todos, alguns já não precisam do parlamento e saíram, mas o esclarecido leitor identifica perfeitamente estes ilustres filantropos da causa pública.
O Sr. Coelho não vai chegar a rico por via do parlamento, não aparece nas colunas sociais na imprensa madeirense, é um simples pintor da construção civil, e como tal, nem vai ser alguma vez convidado pela Comissão dos 500 Anos do Funchal para expor as suas pinceladas numa qualquer galeria. Pese embora esta mísera e apagada existência, ele já interrompeu um principais debates parlamentares em São Bento sobre o próximo Orçamento de Estado, abriu noticiários nacionais, foi manchete na imprensa regional e colocou de uma assentada, a comunicação institucional entre vários órgãos de soberania.
E ainda aqui vamos...
Por isso a maioria que esteja atenta, nem que seja nesta curva descendente, para que quando surgir a natural implosão, alguém conseguir erguer a cabeça e não fugir como ratos.

 
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